Por João Carlos
Amigos que vez por outra se reúnem em um sítio para tocar, cantar e dançar. Um programa atrativo, que muitos aderem como forma simples de relaxamento. E nessa simplicidade, Dionísio d’Almeida e seus amigos montam um sarau. Fica decidido que as reuniões ocorrerão uma vez por mês no Sítio Aconchego (no Bairro Gusmão), palco de tantas alegrias e que passa a dar nome à reunião. Mas agora, com o status de Sarau, o evento ganha uma conotação ainda mais cultural, com homenagens a artistas (geralmente um músico e um escritor) e pessoas declamando poesias.
As confraternizações tem o objetivo de, nas palavras de Ricardo Tavares, frequentador assíduo do Sarau do Aconchego, tornar o mundo um lugar melhor através da cultura. Um plano que segundo Dionísio e Ricardo pode ser melhor desenvolvido. Em entrevista ao Rondon Notícias, pai e filho dão o exemplo da divulgação como ponto a ser melhorado. Porém, quando questionados sobre a possibilidade de parcerias com instituições como a Secretaria de Cultura, grupos de dança teatro e etc, surge um tom de cautela.
A simplicidade é um dos valores que os organizadores se preocupam preservar. Por isso o cuidado é manter o equilíbrio entre agregar o maior número de colaboradores possíveis e, ao mesmo tempo, não politizar o evento permitindo a atuação mais acentuada de um segmento, em detrimento dos demais. Na visão de Ricardo, o Sarau do Aconchego seria um movimento cultural periférico, que não precisaria necessariamente multidões. Afinal, não é preciso mudar o mundo inteiro para torna-lo um lugar melhor.