Por Jussara Alves
O artesanato é a forma de subsistência de muitos moradores de Rondon do Pará. A criatividade é utilizada para conseguir uma renda extra no final do mês. Uma cultura que se encontra em diversos pontos da cidade.
Além de tirar um dinheiro a mais, Jovino Paulino, de 72 anos, encontrou no artesanato uma terapia contra o estresse. Há quatro meses decidiu dar forma concreta aos artigos de madeira que imaginava. Ele trabalhava como motorista mas teve que se afastar. Em casa, parado, ficava nervoso e discutia muito com a família. O artesanato salvou seus dias. “Pedi os restos de madeira para a firma que trabalhava, e comecei a inventar novas coisas e fui criando bancos, casas de animais entre outros. Com isso estou levando a vida e tirando uma renda extra”, comenta o artesão.
A aposentada de 57 anos, Ana Lucia, imagina e recria tapetes de crochê e na maquina de costura. O artesanato surgiu na vida dela por necessidade de manter economicamente a família. Com a idade um pouco avançada, pretende deixar de lado a costura, por não ter forças suficientes para manusear a máquina. Agora, vai investir mais no crochê. “Gosto de fazer mais tapetes de casa, já faço isso há 40 anos. Quero mudar o visual e criar colchas de cama e jogo de cozinha de crochê”, diz.
De acordo com a coordenadora da Associação dos Artesãos em Rondon do Pará, Filomena Silva, apesar de serem 52 associados, apenas 15 participam da feira de cultura que é realizada uma vez por mês na Praça da Paz.