Por Camila Gusmão e Manoella Silva
O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ foi comemorado na última sexta-feira (28). A data é celebrada para promover a reflexão pela livre orientação afetiva-sexual. É com esse objetivo que discentes do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da Unifesspa realizaram a I Semana da Diversidade e Combate à Intolerância.
O evento ocorreu entre os dias 25 e 28 de junho e contou com a presença de discentes, professores e membros da comunidade LGBTQIA+. Para Matheus Campos, idealizador do projeto, só através do debate é possível combater o preconceito. “Essa ideia foi inspirada nas lutas por liberdade da comunidade LGBTQIA+ que ocorreram na década de 80. A cidade de Rondon do Pará possui um viés muito conservador e religioso. Por conta disso, a Semana da Diversidade buscou promover a interação do meio acadêmico com a comunidade LGBTQIA+ da cidade” afirma o discente.
No primeiro dia (25), aconteceu uma Roda de Conversa com os convidados: Laércio Maus, Allana, Matheus Henrico e Verão. O debate se desenvolveu com a troca de experiências sobre as dificuldades enfrentadas na sociedade contemporânea em relação às diversidades sexuais. Os participantes dividiram as vivências de como foi crescer no cenário intolerante de Rondon do Pará e os preconceitos vividos dentro do círculo familiar.
Para Matheus Henrico, transexual, é importante dar espaço para esse diálogo. “Esse tipo de iniciativa faz muita diferença na vida de pessoas que passam diariamente por preconceito. A pauta é necessária para mostrar o quanto é fundamental correr atrás do seu espaço. É importante saber e passar a conhecer mais a vida das pessoas, mas é apenas o primeiro passo para que possamos nos unir e lutarmos juntos. Esse debate com certeza vai fazer muita diferença na vida de quem esteve presente e dividiu um pouco das suas dores e alegrias, espero que o projeto possa crescer cada vez mais, pois a cidade ainda é bem precária com essas questões de gênero”.
No encerramento (27), foi exibido o filme “Orações para Bobby” que relata a história real, vivida nos anos 80, de uma família religiosa descobrindo o filho homossexual. Para os pais do personagem Bobby, a homossexualidade é uma doença psicológica, dessa forma, não conseguem aceitá-lo, assim, o jovem comete suicídio. Esse é um drama vivido por muitas pessoas da comunidade LGBTQIA+ que diariamente lutam por respeito. Ao final da exibição, os participantes debateram a temática abordada no filme.