Por Jussara Alves
As férias já iniciaram e a criançada aproveita para fazer aproveitar a temporada com muita diversão e colocar em prática aquilo que gosta. É comum nesse período ver no céu os famosos papagaios ou pipas, que são uma descontração para a crianças e jovens, porém em muitos casos representam um risco para os condutores de motocicletas, bicicletas e pedestres. Os riscos se dão pela presença do cerol, que é uma composição de cola e vidro moído.
A Lei Federal 7189 de 1986 proíbe a utilização do cerol que, em caso de acidentes provocados pelo cerol, os pais do menor são os responsáveis. Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros Civil, Carlos Carvalho, é uma brincadeira que ocasiona risco de vida à outras pessoas. “Por conta do uso do cerol devido os materiais que são utilizados na sua fabricação, que pode ocasionar acidentes, principalmente, na zona do pescoço com o corte”.
Todos os cuidados são necessários no que diz respeito a utilização dessas pipas. O coordenador do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), Fagner Alves, são poucos os acidentes envolvendo pipas, porém, merece uma atenção aqui no município, sobretudo nessa época. “Há quatro anos um mototaxi teve uma lesão no pescoço devido ao cerol, felizmente não foi tão grave. Desde então não foi registrado acidente grave, e sim superficiais”.
É importante os pais ficarem atentos pois, assim como os condutores podem ser atingidos, as crianças, adolescentes e jovens correm risco de serem atropelados nas vias públicas. “As crianças e os pais devem verificar quais são os riscos, mantendo a segurança principalmente em dias de chuvas, não é viável brincar em locais que tenham um certo número de pessoas passando e nem locais que passam motociclistas”, disse Carvalho.
Em nota, a rede de energia Celpa relatou que no mês de junho foram contabilizados 1.391 casos de interrupções no fornecimento de energia elétrica em todo o Estado causados por pipas enroscadas na fiação. “O número equivale a uma média de 46,3 ocorrências diárias. Agora no mês de julho, a prática tende a se intensificar, por isso a população precisa ficar em alerta sobre os perigos envolvendo a brincadeira, e ainda contribuir para que os indicadores de falta de energia relacionado a pipas não voltem a crescer”.