Por Jussara Alves
Nos últimos anos, foram criados no Sul e Sudeste do Pará 503 projetos de assentamentos, e desapropriados mais de quatro milhões de hectares de terras que transformaram a vida de milhares de famílias do movimento Sem Terra. Os dados são da Superintendência Regional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Essas ações continuam acontecendo, como foi o caso da palestra “Acesso à terra, condições de vida e saúde no meio rural no sudeste paraense”, proferida pelo professor Jax Aragão, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, realizada na tarde de terça-feira (25) no Sindicato dos Agricultores, em Rondon do Pará.
O evento é realizado a nível nacional e oferece aos sindicalistas formação que contribui com os trabalhos desenvolvidos no campo. O Sindicato dos Agricultores do município foi fundado no ano de 1982 e, desde então, tem lutado por melhorias para os trabalhadores do campo.
A Escola Nacional de Formação do Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) acontece em vários municípios do país com temáticas variadas. De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Maria Dias, a formação foi voltada para as mulheres do campo. “É uma formação das agricultoras, que chamamos de enforque mulher, esses cursos são para as bases. Com isso, capacitamos os trabalhadores para que tenham informações de como lhe dá com a terra e saber do que está acontecendo com o Brasil e com o mundo”.
O sindicato dos agricultores é composto por uma diretoria eleita em assembleia e congresso e o mandato dura quatro anos. Os sindicalistas associados têm facilidade com os trabalhos e os documentos para aposentadoria.