Por Kawane Ricarto
Rondon do Pará vem enfrentando um aumento nos casos de contaminados de COVID-19. Somente nos últimos 17 dias foram registrados sete óbitos pela Secretaria Municipal de Saúde, sendo que um deles ocorreu em fevereiro e somente agora entrou na contagem. No último boletim, de 19 de março, foram confirmados 15 novos casos, totalizando 874 pessoas contaminadas desde o início da pandemia e 47 óbitos. Neste cenário preocupante, uma nova alternativa de atendimento foi disponibilizada pela prefeitura municipal. Agora, em vez de procurar pela unidade de referência as pessoas que apresentem sintomas gripais podem ir diretamente ao Hospital Municipal onde o horário de atendimento foi expandido.
Segundo a enfermeira Larissa Dos Anjos, o Hospital está seguindo os protocolos do Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo Coronavírus COVID-19 do Ministério da Saúde, que consiste em um plano em caso de surto, composto por três níveis de resposta: Alerta, Perigo Iminente e Emergência em Saúde Pública. Cada nível é baseado na avaliação do risco do novo Coronavírus afetar o Brasil e seu impacto para a saúde pública. Questões importantes são evidenciadas nessa avaliação, como transmissibilidade da doença; propagação geográfica do COVID-19; gravidade clínica da doença; vulnerabilidade da população; disponibilidade de medidas preventivas; recomendações da Organização Mundial da Saúde e evidências científicas publicadas em revistas científicas. Este plano está em vigência desde o ano de 2020, e o HM de Rondon do Pará está fazendo algumas modificações no protocolo como no caso da ampliação de leis e no aumento de volume de oxigênio e medicamentos, conforme a necessidade. Segundo Larissa, a planície é feita sempre quando tem alguma urgência, epidemia ou pandemia. É um plano em que vários setores dos departamentos como o da Vigilância Sanitária, Atenção Primária, Hospital Municipal e Administração da Prefeitura, estão envolvidos com alguma ação determinante para a contenção, prevenção, tratamento, e assistência de uma determinada doença.
O Diretor do Hospital Municipal, Thiciano Da Silva Oliveira, concedeu entrevista à nossa equipe e explicou como ocorre o processo de recepção dos possíveis suspeitos de coronavírus, plano para estabilizar os casos, possibilidade de novos leitos e o planejamento para os próximos anos referente a pandemia. Confira:
Como o Hospital Municipal recebe os suspeitos de Covid-19?
Oliveira: O processo para os suspeitos de conter o coronavírus inicia-se com a triagem que é feita na recepção do hospital e, caso a pessoa seja diagnosticada com uma síndrome gripal, é direcionada para o Centro de Referência. Conforme a avaliação, o médico conduz para internação ou somente recebe tratamento.
Como ocorre o processo para as pessoas que precisam apenas do tratamento?
Oliveira: Elas permanecem em casa e há o acompanhamento dos indivíduos com quem tiveram contatos, com um monitoramento de 14 dias.
E se houver algum agravamento dos sintomas?
Oliveira: O Hospital é acionado para buscar o paciente, que é encaminhado para o setor de internação onde fará novos exames laboratoriais e, se necessário, até mesmo transferência para fora do município.
Há algum plano para estabilizar os casos que estão em crescimento?
Oliveira: Dentre os planos para estabilizar os casos de COVID, há um treinamento que todos os médicos cumpriram de acordo com o protocolo atual.
Como está a possibilidade de novos leitos?
Oliveira: O hospital base do município já foi ampliado, de oito leitos amplificou-se para 12, e mesmo sem muitos auxílios, ainda há suportes para receber os internados.