Por Jussara Alves e Lucas Guilherme
A confirmação do primeiro caso positivo de coronavírus em Rondon do Pará deixou toda população assustada em 2020. No final de outubro de 2021, surgiu uma nova surpresa: o primeiro caso da variante Delta, que é transmitida com mais facilidade. Mesmo com a redução dos casos positivos, os moradores ficaram apreensivos com a notícia.
Uma nota divulgada pela Prefeitura Municipal de Rondon do Pará, através da Secretaria Municipal de Saúde, no dia 27 de outubro informou que a coleta aconteceu ainda no mês de agosto, mas que só agora foi possível ter o resultado. Isso aconteceu porque nem todos os casos testados em Rondon passam pelo processo de identificação da variante. Segundo a Secretaria de Saúde Pública do Pará, de todos os exames PCR encaminhados para o Laboratório Central do Estado (Lacen) apenas uma porcentagem de cada município é selecionada e enviada para um dos laboratórios de referência da Fiocruz. O envio dos exames para o Laboratório da Fiocruz acontece após reunir amostras de vários municípios do estado. O sequenciamento para detectar a variante é um teste laboratorial que demora cerca de um mês. Por isso, o estado demora a receber a informação e repassá-la ao município.
Segundo a coordenadora de Vigilância em Saúde, Larissa Rodrigues, a detecção da variante no município seguiu esses trâmites. “A Secretaria de Saúde, via e-mail, recebeu a confirmação de Belém informando que teve um caso da variante Delta aqui no município. O caso é de agosto. O rapaz deu entrada no posto de saúde com sintomas da Covid-19 leves e se encaixou no quesito da pesquisa sobre Síndrome Aguda Respiratória. A amostra foi coletada e encaminhada para Belém”, disse.
A vacinação em massa contra a covid-19 tem contribuído com a redução dos casos positivos mas segundo a coordenadora de Imunização do município, Ertiane Rocha, mais de 13 mil pessoas ainda não se vacinaram. “Têm idosos que já estão tomando a terceira dose da sua vacina, mas ainda têm doses disponíveis, porém a própria população não está indo se vacinar e o principal motivo talvez sejam coisas particulares. A faixa etária que menos se vacinou foram homens entre 23 a 30 anos”.
Fotografia de Rogério Filho e Vanete Araújo