Por João Carlos Oliveira
As aulas nas escolas municipais de Rondon do Pará voltaram esta semana de maneira presencial depois de dois anos em formato remoto. Mas, muitos pais, mães e responsáveis ficaram frustrados com a volta escalonada. Por isso, estiveram reunidos com representantes da Secretaria Municipal de Educação na terça-feira (15). Segundo a diretora de Ensino da Secretaria, Kelly Higino, a reunião foi muito proveitosa e bem informativa. “Os pais puderam se expressar e chegamos ao acordo de esperarmos a reunião da semana que vem para decidirmos a respeito da volta integral”.
No último trimestre do ano passado, a Secretaria adotou o modelo semipresencial, alternando encontros presenciais e remotos. “O objetivo para esse ano era que fosse 100% presencial. Mas o Brasil inteiro viveu essa alta nos casos de Covid-19 e, aqui no setor da educação, chegamos a ter 96 profissionais contaminados”, relata Kelly. Para tratar do assunto foi realizada reunião do Comitê Intersetorial, que é composto por membros da Secretaria de Saúde, do Conselho de Educação – incluindo os representantes dos pais de alunos, da Secretaria de Assistência Social e do Sindicato dos Professores. Esse comitê está encarregado de decidir sobre o retorno às aulas. Com base nos dados da época, da taxa de contaminação, foi decidido adiar o retorno. “15 dias depois nos reunimos novamente e constatamos que 98% dos que haviam se contaminado já estavam recuperados. Mas, como os números da covid-19 no município ainda continuam altos, decidimos dividir as turmas. Durante uma semana trabalharemos com um primeiro grupo, e na semana seguinte com o outro”, observa a diretora.
Na próxima quinta-feira (24) será realizada uma nova reunião para avaliar a situação. Conforme o panorama de número de casos, serão reorganizados os planos. Essa semana haviam quatro profissionais na fase final do isolamento.
Segundo dados da Secretaria, apenas 5% dos docentes não se vacinaram, e a maioria deles por motivos de saúde. Já os dados do Vacinômetro, da Secretaria Estadual de Saúde Pública, mostram que cerca de 70% dos profissionais da educação (que incluem outros trabalhadores além dos docentes) foram imunizados e apenas 18% tomaram a dose de reforço. O município não tem nenhuma ferramenta que discipline essa questão.
A Secretaria de Educação tem um protocolo de biossegurança para esse retorno às aulas presenciais e pode ser consultado no documento abaixo.