Café coletivo, Black Talks e roda de conversa deram ênfase às temáticas sobre representatividade
Por Manoella Ferreira
Na última quarta-feira, 08, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, o Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) promoveu uma série de atividades. Pela manhã, foi preparado um café para as alunas, as professoras e demais funcionárias da instituição, que receberam uma homenagem do diretor do ICSA, Jax Nildo, e da diretora da Faculdade de Ciências Contábeis, Miraci Matos. Ainda, foi organizado pelo professor Dom Condeixa o evento “Black Talks: Pensando o racismo na mídia”, que reuniu palestrantes como a jornalista Thais Bernardes, fundadora e CEO do “Notícia Preta”, a qual abordou a formação antirracista no jornalismo, seguida pelo palestrante Ricardo Ferreira, professor da Universidade de São Paulo (USP), que falou sobre as dificuldades da grande imprensa em reconhecer o racismo enraizado na produção das notícias. Por último, a partir das 19h, aconteceu uma roda de conversa idealizada pelo projeto de extensão “Gêneros e Feminismos” coordenado pela professora Tatiane Duarte, que exibiu o documentário “Mulheres da Floresta” e, logo após, seguiu o debate com as participantes Maria Joel e Dorilene Alves do Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais (STTR), a Cacica Katia Akrãtiketêjê e a Dra. em Educação Adriana Moura.
Café da manhã deu início às ações ao longo do dia, com falas da aluna de Jornalismo Maria Clara, da diretora da Faculdade de Ciências Contábeis Miraci Matos e do diretor do ICSA Jax . Fotos: Roberto Campos e Bárbara Ferreira.
Plateia na roda de conversa, à noite, com as participantes Maria Joel e Dorilene Alves do Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais (STTR), a Cacica Katia Akrãtiketêjê e a Dra. em Educação Adriana Moura. Fotos: Kennidi Silva e Poliana Costa.
A professora Tatiane Duarte explica que as palestrantes foram escolhidas com foco na diversidade feminina da Amazônia Oriental, buscando representar realidades plurais e desmistificar o feminismo elitizado que é exposto na grande mídia. “É importante lembrar que, para que estivéssemos aqui hoje, mulheres precisaram morrer. O oito de março representa todas as revoluções femininas que foram necessárias para que nossos direitos fossem reconhecidos. Hoje ocupamos muitos espaços, mas ainda existem mulheres que vivem em realidades que o feminismo elitizado não acolhe. As ações pensadas para o Dia da Mulher buscaram evidenciar essas questões, trouxemos mulheres amazônidas para representarem as mulheres da comunidade rondonense”, comenta.
Os eventos debateram pautas importantes e elucidaram questões que precisam ser evidenciadas no ambiente acadêmico, assim como em outros espaços públicos. Alunas da instituição também puderam participar das palestras do dia. A estudante de jornalismo, Adria Sousa, falou no evento “Black Talks” sobre o tema escolhido para seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), “Representações do racismo no jornalismo: Uma análise semiótica do Cidade Alerta”, e, pela manhã, a aluna Clara Maia pôde prestar homenagens ao Dia Internacional da Mulher.