Por Jussara Alves
Na tarde de quarta-feira (11), docentes, técnicos-administrativos, discente e funcionários terceirizados estiveram reunidos no auditório externo do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) para debater a atual situação da instituição diante do bloqueio no repasse de verbas pelo governo federal. Especificamente, foi discutido o cenário atual do campus de Rondon do Pará, que oferta os cursos de Administração, Ciências Contábeis e Jornalismo.
Foto: João Victor
A preocupação tem assolado todos que compõe o Instituto, já que quase 30% do orçamento da Unifesspa está bloqueado pelo Ministério da Educação (MEC). Outras universidades federais do Brasil também já alertaram a sociedade sobre o risco de suspender suas atividades, caso o dinheiro não seja desbloqueado.
De acordo com o diretor do ICSA, Gabriel Moraes de Outeiro, a ideia principal é deixar a comunidade acadêmica e externa por dentro do assunto e explicar que uma possível suspensão das atividades não se trata de greve, mas de impossibilidade de funcionamento por falta de condições básicas, que impendem a realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão. “Foi um momento de ouvirmos as opiniões dos alunos diante das situações do ensino no Brasil e no Icsa, que nos afeta. Sobre as propostas, nós estamos tendo que aguardar algumas decisões de conselhos superiores devem ser realizadas algumas assembleias em Marabá das categorias para ter um quadro melhor do que vai acontecer e temos propostas mais concretas”, destaca.
Aluna do sexto período de Ciências Contábeis e representante dos alunos na congregação, Thais Araújo, relata que a situação é de desespero, já que é de outro município e está na cidade de Rondon do Pará desde 2017, por conta da universidade. “Se eu estou aqui até os dias de hoje é por conta das oportunidades que a faculdade oferece, como os auxílios que me mantenho com ele. Temos que lutar pela federal, ela é nossa e se estamos aqui é por conta que tanto eu como os demais alunos conquistamos essa vaga”.
Se até o próximo dia 16 de setembro a verba não for liberada pelo governo federal, os serviços básicos do instituto, como energia elétrica, segurança e limpeza serão interrompidos, o que levará à suspensão das atividades no dia primeiro de outubro, por falta de condições mínimas de funcionamento.