O mês de julho foi marcado pelo aumento no número de infeção causadas pela covid-19. Segundo os boletins epidemiológicos divulgados pela prefeitura, no mês das férias foram registrados pela Secretaria Municipal de Saúde 443 casos da doença.
Ana Cristina Miranda é auxiliar de saúde bucal e foi uma das centenas de pessoas infectadas pelo coronavírus no último mês. Ela conta que teve sintomas leves e atribui isso ao fato de estar com o esquema de vacinação completo, o que evitou que os sintomas se agravassem. “Pelo fato de eu ter tido as três doses da vacina, dessa vez a doença não foi tão agressiva quanto na primeira vez. A primeira eu senti muito mais”. Para ela, o período de isolamento foi o mais difícil pois teve que ficar distante do marido, e da filha Maria Clara de apenas um ano. As refeições eram feitas antes ou depois dos outros membros familiares para evitar o contato e a possível infecção. “A gente sabia que ela queria colo, e eu em nenhum momento pude pegar durante esses dias que fiquei em isolamento […] essa foi a parte mais difícil”.
Estar com a caderneta de vacina em dia é um dos meios de passar pela doença com mais tranquilidade. Segundo o diretor do Hospital Municipal, Thiciano Oliveira, o número de casos aumentou no início de julho, assim como a procura por testes. “Chegamos a dias de coleta de 85 testes, mas hoje estamos colhendo em torno de 15, e a média é de cinco a seis positivos sem sintomas graves”. Isso porque, segundo ele, o número de infecções vem diminuindo e a boa notícia e que nenhum paciente foi internado por causa da covid-19.
Neyla Barreto é psicóloga e também contraiu o vírus pela segunda vez. Ela conta que começou a apresentar os sintomas, mas acreditava que era apenas uma gripe normal, então fez o teste e o resultado foi positivo. Para encarar o isolamento de uma forma mais leve, ela tentou se afastar das notícias sobre o adoecimento ou coisas que poderia deixá-la preocupada. “Eu consegui organizar me ocupando: lendo, assistindo filme, conversando nas redes sociais com pessoas que me agregavam e que tinham uma boa conversa”.
Por Rogerio Filho