Por Heloísa Serrão e Ingrid Carolinne
Na última terça-feira (8), aconteceu no auditório da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, campus Rondon do Pará, o encontro “Amazônia: Território, mídia e atores sociais”. Compondo a mesa do evento estiveram Jax Nildo, diretor do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (Icsa) e professor da Faculdade de Comunicação, Hiran Possas, professor do curso de Educação do Campo, Joélima da Costa, defensora dos direitos humanos, bacharela em Direito e técnica em Agropecuária com ênfase em agroecologia.
O evento foi a culminância da disciplina “Amazônia: Território, mídia e atores sociais” ministrada pelo professor Jax Nildo. Durante o encontro, temas relacionados à preservação do território amazônico, respeito pela vida e lutas dos indígenas, ribeirinhos, quilombolas e demais amazônidas foram debatidos.
“Amazônia somos nós, Amazônia precisa ser construída não a partir de interesses externos, mas a partir fundamentalmente dos povos amazônidas, da natureza e do território”, afirmou o docente Jax Nildo. Segundo ele, é importante que a universidade seja um espaço de inclusão, de fortalecimento da diversidade e dialogue sobre assuntos de relevância social.
“O processo é contínuo, ao passo que você detém o conhecimento e repassa para a sociedade, aqueles que não têm o conhecimento específico do que vem acontecendo ou do processo de desconstrução da Amazônia passam a ter acesso à informação” relatou Joélima da Costa sobre a importância de debates que tratem de temas relacionados à Amazônia.
O professor Hiran Possas ressaltou a relevância de colocar em prática o que é debatido nas universidades. “Dentro da universidade tem se realizado debates bem interessantes, mas o nosso desafio é fazer com que esses debates sejam articulados com a sociedade civil”, comentou. De acordo com ele, a universidade tem conseguido realizar debates com excelência, porém ainda há problemas em concretizar esses debates para além dos muros das universidades.
A discente Maria Vitória enfatiza a sua contribuição como futura jornalista, a partir do seu compromisso com a região.”Como comunicadora social, meu papel é buscar e transmitir informações relevantes e verdadeiras que contribuam de forma significativa no cenário amazônico”. Para ela, essa também é uma forma de defender a Amazônia.
“Como jornalista amazônida, meu papel sempre será a defesa da Amazônia. Estou no meu lugar de vivência e sei das lutas do meu povo e me enxergo hoje com uma grande responsabilidade, pois assumo o papel de porta voz de várias pessoas”, afirmou Kennidi Silva, discente do 7° período do curso de Jornalismo. O estudante acrescenta que a universidade é essencial para expansão de temáticas sociais.