
Por Julia Freitas
O professor Gerciel Batista Pereira nasceu em Engenheiro Caldas, interior de Minas Gerais. Tinha apenas dois anos quando seus pais se mudaram para Visconde do Rio Branco, ainda interior de Minas. Morou ainda no estado do Mato Grosso, onde permaneceu até seus 15 anos. Chegou em Rondon do Pará em 1985, quando seu pai resolveu mudar mais uma vez e, por ter um irmão mais velho já morando em Rondon do Pará, decidiu se estabelecer aqui desde então.
Gerciel iniciou sua jornada como professor contratado em 1988, na escola D. Pedro I, como professor de Geografia e História para turmas da 5ª à 8ª série. Em 1990, foi efetivado como professor mediante concurso público, mesmo sem formação em nível superior nas áreas com as quais trabalhava. Somente em 2004 concluiu o nível superior em Pedagogia pela UFPA, em curso de interiorização. Com isso, teve que assumir a coordenação da escola, o que, de acordo com ele, nunca gostou.
Tirou licença sem vencimento e passou dois anos e meio morando nos Estados Unidos da América, assim como centenas de rondonenses. Decidiu voltar em 2008 e passou a trabalhar no atendimento da Biblioteca Municipal. Em 2010, voltou à universidade para cursar Geografia na UFPA, Campus de Marabá, e, em 2014, foi diplomado com a Licenciatura Plena em Geografia. Com isso, ele conseguiu de volta a carga horária como professor.

Nos últimos anos, Gerciel fez 11 pós-graduações Lato Sensu na área de Geografia. Atualmente, é lotado como professor de Geografia em turmas do 7º e 8º ano na escola Adolfo Soares de Moraes. Porém, ele já trabalhou anteriormente em outras escolas, como Francisco Nunes e Lucíolo Rabelo.
Questionado sobre como vê a educação no município e o que poderia melhorar, ele responde: “A educação local vem conseguindo consideráveis resultados. Todavia, sabemos que há muito o que se conquistar qualitativamente. Faltam recursos didáticos, desde um simples mapa do Brasil político até laboratórios com equipamentos diversos para atender várias disciplinas”.
Gerciel finaliza: “Hoje em dia, é rara a situação onde os professores não possuam nível superior em suas respectivas áreas de trabalho. Porém, isso não significa que não tenhamos excelência, na prática. Faltam até mesmo alunos, com escolas sendo fechadas (Padre José Fontenella e Conceição Tavares, por exemplo), o que evidencia, em primeiro plano, a redução no número de habitantes, mesmo com o surgimento de novos bairros.”