Na última edição do Enem, entre um pouco mais de 4 milhões de participantes, apenas 55 obtiveram a nota máxima na redação, que por sinal, entre os ‘felizardos’, 42 redações com a nota mil foram produzidas por elas. Enquanto isso, na edição anterior, somente 53 dos 6,7 milhões de candidatos, conquistaram o topo da pirâmide. Daí, dá pra notabilizar, por esses números, que chegar à nota máxima na redação do Enem é tão difícil quanto encontrar uma agulha no parelho. Será?
Bom, pra quem faz o ‘dever de casa’ desde o ensino fundamental, à base de muita leitura e escrita, entre outros ingredientes necessários, não é tão difícil obter a nota máxima como acima se apresentam os dados. No entanto, o índice de leitura não obrigatória entre os estudantes da educação básica é bem inferior ao esperado.
Costumo dizer para os meus pupilos na oficina de redação que para obter uma boa nota na redação do Enem, além de uma boa bagagem cultural, à base de leituras e releituras, assim como, uma boa bagagem linguística, é necessário que o estudante também conheça de perto os mecanismos que caracterizam a escrita de um bom texto dissertativo-argumentativo, tal como é exigido de acordo às normas do INEP.
Sendo assim, quatro momentos são essenciais a fim de obter a nota máxima, seguidos, é claro, por uma prática diária até o dia da prova de redação. Entre os instantes capitais, o primeiro consiste em ler e reler quantas vezes necessárias os textos motivadores, grifando e circulando as informações mais importantes relacionadas à temática em questão. Isso exige treino e dedicação.
Em seguida, após a leitura e releitura dos textos motivadores, o estudante precisa preparar um esquema da sua redação – ou seja, um esqueleto da textualidade final, contendo o tema e a tese, bem como, as causas, as consequências e as intervenções, a fim de solucionar a negatividade social que permeia o tema apresentando.
Logo após o segundo momento, com base no esquema em mãos, hora de escrever o rascunho da redação, com quatro parágrafos, numa média de 7 a 8 linhas cada.
Por fim, é só passar a limpo o rascunho, não se esquecendo de que o mesmo merece uma leitura e releitura a fim de colocar todos os pontos nos ‘IS’. Depois é só correr pro abraço!
Profº. Ms. Robson Luiz Veiga
Robson Luiz Veiga é professor de Língua Portuguesa & Literatura nas redes estadual e municipal de ensino. Formado em Letras pela UFPA. Mestre em Literatura e Crítica Literária pela PUC Goiás.